“O psicanalista e as paixões”, Seminário da Orientação Lacaniana, EBP-RJ.
Em 1 de abril passado, o Seminário de Orientação Lacaniana da EBP – Rio de Janeiro, iniciou uma série de tres encontros sobre “O psicanalista e as paixões” dedicados à discussão de temas relacionados ao IX Enapol.
Maria Silvia Hanna, EBP/AMP, coordinou a atividade a cargo de Marícia Ciscato, que apresentou ¿Comemnt se Revolter?, texto de J.A. Miller, e Rodrigo Lyra, como comentador.
Maricia Ciscato apresenta a formulação do ato revolucionário como produto de um encontro com o impossível de suportar para cada um. Isso faz com que o ato se dirija para “a cena do mundo”, um ato suicida onde o sujeito arrisca sua própria vida, concluindo então: não há revolução sem a dimensão do sacrifício, abrindo-se sobre o horizonte, a morte. ¿Qual é a torsão necessária para aceder à posição de "revoltar-se à boa maneira"?
Rodrigo Lyra considerando as coordenadas real, simbólica e imaginária em jogo na revolução, destaca a dimensão do gozo e nos orienta a perguntar: ¿ como aquele que atravessou a fantasia pode viver a revolução? ¿Qual é a perda em jogo e o deslocamento que possibilitam “revoltar-se da boa maneira”? ¿ O que dizer sobre a “revolta virtual”, tão em voga nos dias de hoje? Questões que nos convocam a refletir sobre a revolta e sua aproximação e sua diferença do ódio, da cólera e da indignação.