No marco da Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires, e com o auspício das cátedras “Psicanálise orientação lacaniana: clínica e escrita” e “Clínica da Urgência”, cujo titular é Inés Sotelo e por iniciativa de Daniela Fernández se iniciou uma série de encontros com os diversos escritores sob o título “Por que escrever?”. Nesta oportunidade o convidado foi Damián Tabarovsky, que propõe uma literatura cujo tema não é o mundo, nem a representação, senão a própria linguagem. Seu último romance, “Una belleza vulgar”, descreve a caída de uma folha que se solta de um plátano espanhol. A cenografia, cem metros de uma rua de Buenos Aires. O narrador poderia ser o vento, alguma árvore, ou a própria linguagem. Tabarovsky privilegia o inerte, o fixo, o que retorna sempre ao mesmo lugar. Escreve: “La hoja se va a soltar, va a flotar un rato, y va a caer al suelo. ¿Qué sentido tiene contar otra vez la misma historia?”Assim, esse escritor introduz uma pergunta fundamental para a psicanálise: Junto à repetição, como pensar o novo? Damián Tabarovsky é um escritor, tradutor e editor argentino. Seus livros foram traduzidos ao inglês, francês, alemão, grego, russo e português. É autor de: “Autobiografía médica” y “Las Hernias”, seu último romance é “Una belleza vulgar Caballo de Troya” entre outras obras. Daniela Fernández é psicanalista em Buenos Aires, membro da ECF, da EOL e da AMP. É Docente na cátedra "Psicanálise, orientação lacaniana: clínica e escrita”, UBA.